TIPO 6 - O Precavido

Essência e personalidade


O estado de essência mental do tipo 6, chamado Fé, é o resultado da compreensão direta e profunda de que nossa verdadeira natureza é nosso espírito, nossa essência, e não nossa personalidade. Uma certeza íntima de que existe algo maior que nos rege e nos protege e, assim, podemos ficar tranquilos. Uma compreensão de que, ao contrário de nossa parte material, nossa verdadeira natureza espiritual nunca está em risco. Significa também uma capacidade de acreditar sem precisar de evidências, provas ou conhecimento, apenas com base na intuição de algo superior.

No desenvolvimento de sua personalidade, o tipo 6 perde a Fé e coloca em seu lugar um hábito de pensamento repetitivo chamado Precaução, que é baseado na dúvida, no questionamento e no ceticismo. Em sua cabeça, as coisas podem sempre dar erradas, assim é fundamental ter um plano B para se prevenir. Para o tipo 6, o mundo parece perigoso e imprevisível; não se pode acreditar em nada que não seja provado várias vezes; é preciso desconfiar de tudo e de todos; para ter certeza de alguma coisa, é necessário fazer infinitas perguntas e levantar inúmeras informações; é fundamental estar em vigilância constante.

Com a perda da Fé interna, o tipo 6 recorre à comprovação externa, que quase nunca é suficiente. Aparece também a dúvida em relação às suas capacidades e à sua autoridade interna, gerando inúmeras inseguranças sobre si mesmo e uma necessidade de usar a autoridade de outras pessoas como suporte para reconquistar a segurança — “Será mesmo que eu consigo fazer isso? Preciso que você me diga!” (esse é o caso, principalmente, do tipo 6 fóbico, como veremos a seguir).

A virtude emocional do tipo 6, chamada Coragem — que, em sua raiz, significa “agir pelo coração” —, é uma qualidade emocional superior de viver a vida como ela é, com o coração aberto. Suas ações são fundamentadas apenas nesse sentimento, nessa ligação com aquilo que há de mais importante para ele. Não há hesitação, não há racionalização, não há possibilidade de algo ser diferente ou não dar certo. A atitude é diretamente comandada pelo corpo e pela alma de forma natural. Essa virtude aponta para o fato de que a segurança de que precisamos deve ser encontrada dentro de nós e de que somos os responsáveis pela nossa existência. Com o afastamento da Coragem ao longo da formação de sua personalidade, o tipo 6 desenvolve sua Paixão do Eneagrama, uma emoção física viciada, exagerada, descontrolada e repetitiva que se sobrepõe às demais. Essa emoção se chama Medo ou Ansiedade.

Trata-se de um sentimento que traz a sensação de perigo iminente, de falta de proteção, de incerteza e que é traduzido em uma grande ansiedade corporal na busca de previsibilidade e segurança. Essa ansiedade aparece acompanhada de uma expectativa de que alguma coisa vai dar errado, uma preocupação constante ligada a algo real e consciente ou mesmo a medos inconscientes, que não têm base na realidade externa. Esse medo se traduz em dúvidas sobre si mesmo e sobre a segurança do meio externo. Conforme veremos mais detalhadamente a seguir, o medo poderá mover o tipo 6 a dois tipos de estratégia de sobrevivência bem diferenciados: os tipos 6 fóbicos, que se movem física e psiquicamente para longe de seus medos e buscam segurança em autoridades externas, e os tipos 6 contrafóbicos, que se movem na direção de seus medos (medos estes muitas vezes inconscientes) em busca de prova de que não têm medo (algo bem diferente da virtude chamada Coragem), buscando força e segurança na sua contestação e no conflito com autoridades externas.

O mecanismo de defesa chamado Projeção é uma tentativa da personalidade de dizer a si mesma que seus medos internos são reais, que são fundamentados em um mundo externo que é perigoso e imprevisível, repleto de pessoas em que não se pode confiar plenamente. Ele justifica a necessidade do tipo 6 de manter seu afiado radar mental sempre alerta, prestes a soar um sonoro alarme de perigo. Trata-se de uma vigilância que procura no mundo exterior os indícios e as provas de que o tipo 6 precisa para confirmar o que sente. Além disso, a Projeção é uma qualidade da mente do tipo 6, a qual consiste em projetar sempre os piores cenários, imaginando o mais negativo de forma catastrófica. Consiste também em projetar o medo interno para fora, fazendo com que ele apareça justificado em manchetes de jornais violentas, estatísticas de doenças, histórias de falência, histórias de mortes trágicas e em qualquer outra lugar que pareça comprovar as teorias internas que o tipo 6 nutre. Consiste ainda em uma enorme insegurança do tipo 6 com relação ao que poderá acontecer a outras pessoas do seu convívio, entes queridos com os quais ele se preocupa em exagero, sem perceber que, em grande parte, isso se trata do seu medo interno projetado nessas pessoas.

 

 Tendências de características da personalidade

Apoiado em sua crença fundamental de que o mundo é um lugar cheio de perigos e imprevisível, o tipo 6 desenvolve uma estratégia para tentar prever e antecipar os riscos futuros. Por meio de uma imaginação ativa, ele cria cenários em sua mente, nos quais vê as coisas dando errado futuramente, e de imediato começa a tomar atitudes de prevenção contra isso. Surgem em sua cabeça planos B, C, D, E como alternativas para se sentir mais seguro. De fato, ele acredita que deve planejar e se prevenir com relação a tudo o que poderia dar errado, garantindo assim que as coisas aconteçam de forma segura — seu hábito mental de Precaução não permite que ele faça de outra maneira. Por conta disso, torna-se cauteloso e cético. Torna-se também necessitado de prever e se preocupar intensamente com as coisas ruins que ainda não aconteceram (e que talvez nunca venham a acontecer), agitando seu diálogo interno mental com dúvidas, vozes, questionamentos e gerando uma grande ansiedade. Sente necessidade de informação, de respostas e sai pelo mundo questionando incessantemente — quanto maior a sua ansiedade e insegurança em relação a um assunto ou pessoa, maior sua busca por dados e garantias.

Ao observamos os comportamentos mais comuns desse tipo, aparecem duas estratégias muito diferentes (é o único tipo do Eneagrama que têm essa divisão). Quem olha de fora vê dois grupos de pessoas do tipo 6, que apresentam atitudes muito diversas. Os tipos 6 fóbicos agem se prevenindo e se afastando dos prováveis riscos em seu caminho. Eles duvidam, questionam, ficam atentos e com radar hipervigilante a todo o ambiente ao seu redor e buscam suporte e proteção de autoridades externas (ou de pessoas que consideram mais poderosas ou fortes), tornando-se assim obedientes. Há um movimento de fuga, de afastamento das ameaças, das coisas perigosas, em busca de segurança e de garantias. Já os tipos 6 contrafóbicos, embora também sejam atentos, hipervigilantes e questionadores, lutam, batem de frente e procuram se impor com força, agressividade e ímpeto contra os perigos e as ameaças, desafiando a segurança e correndo riscos com certa frequência. Eles também costumam desafiar abertamente a autoridade e provar que não estão com medo, que são autoconfiantes. Esse seu estilo de comportamento é muitas vezes confundido com o do tipo 8 do Eneagrama, até porque a maioria dos tipos 6 contrafóbicos não percebe que toda essa energia que têm é originária do mesmo medo e ansiedade dos fóbicos. Assim, eles podem precisar de um pouco mais de tempo que os outros tipos para diagnosticar corretamente seu estilo no Eneagrama, ficando frequentemente confusos com relação a isso em um primeiro momento.

De maneira geral, o tipo 6 é voltado para pensamentos, sentimentos e comportamentos bastante ambíguos, tendo uma relação de pavor e de atração pelo risco e pela adrenalina — ora foge dos riscos, ora os procura. É como se a ansiedade que vem do medo fosse, ao mesmo tempo, um veneno e uma droga prazerosa. Se você disse que o caminho é para lá, ele vai imediatamente questionar: “E se eu for para o outro lado?” Se você disser que ele é capaz, vai lhe dizer que não é. E, se você disser que ele não é capaz, pode muito bem acontecer de dizer que é. É um tipo reativo ao ambiente e aos outros, com essa característica de pensamento contrário. Essa ambiguidade aparece na forma de contradições em sua vida e seus comportamentos: alternam força e fraqueza, medo e coragem, defesa e ataque, doçura e rispidez, calidez e hostilidade, dúvida e crença cega. Ela aparece também, fortemente, no seu relacionamento com as autoridades, as quais questionam e se opõem veementemente (quando desconfiam de suas motivações ou não se sentem protegidos por elas) ou seguem cegamente, com enorme lealdade (quando se sente protegido por elas).

Muitas vezes, os tipos 6 duvidam de sua capacidade, decisões e julgamentos, necessitando que outras pessoas reafirmem que estão indo pelo caminho correto. Essa desconfiança é também projetada nos outros, especialmente em figuras de autoridade, que parecem ter motivações suspeitas. Mesmo depois de terem passado a confiar em alguém, é comum continuarem checando, por garantia. Eles buscam coerência, ou seja, pessoas que fazem o que falam — do contrário, haverá desconfiança. Seu pensamento costuma descartar o óbvio e procurar intenções ocultas e teorias da conspiração, que podem ter fundo verdadeiro ou ser apenas fruto de sua imaginação. Isso oferece aos tipos 6 uma enorme capacidade de solução de mistérios e de situações difíceis. Eles são capazes de questionar de maneira hábil, bem como de perceber falhas nas argumentações dos outros e suas segundas intenções, mostrando uma habilidade de “advogado do diabo” extremamente válida.

Os tipos 6 também costumam ser altamente leais não apenas às suas convicções, mas também aos seus amigos e às pessoas à sua volta, dando valor a esses relacionamentos. Em geral, gostam muito de atuar em equipe, na luta pelos direitos desta, crescendo em força e liderança sempre que há um oponente externo contra o qual lutar. Eles lideram os partidos de oposição. Sua luta por ideais, grupos, família, comunidade e minorias amedrontadas é maior do que sua luta por si mesmo. Muitas vezes, esses ideais pregam uma revolução, uma luta contra um poder ou uma autoridade maior que aparece como opressora.  

Grande parte da fundamentação da lealdade dos tipos 6 está no fato de que eles têm grande medo de ficarem sozinhos, sem um apoio que os possa proteger. Organizações, estruturas e alianças funcionam como suportes externos de autoconfiança e autoridade, que muitas vezes lhes faltam internamente. Boa parte do seu processo de desenvolvimento, conforme veremos mais adiante, está na recuperação dessa autoconfiança e dessa autoridade interna. À medida que passam a acreditar mais em si mesmos, os tipos 6 começam a fazer melhor uso de sua apurada intuição (de quem sua mente questionadora sempre duvida, até que algo lá fora a comprove), bem como de sua sensibilidade, calidez e engenhosidade.  

Detalhistas e cuidadosos ao lidar com problemas, os tipos 6 gerenciam bem recursos, tempo, tarefas e planejamento, buscando ganhar confiança por meio da entrega de um trabalho de qualidade. Sua capacidade de antever riscos elimina qualquer perigo de falha antes mesmo que ele surja. Não por acaso, trabalhos que envolvem análises complexas e cuidadosas são um campo fértil para o destaque desse tipo de personalidade.

Contudo, os tipos 6 podem boicotar seu sucesso no intuito de, inconscientemente, fugirem do perigo e da exposição que ele representa, ficando mais ansiosos à medida que vão se aproximando do destaque. Eles costumam esquecer-se de suas conquistas, êxitos passados, momentos de força e bravura, sendo muito mais propensos a lembrar-se de momentos que reforcem sua insegurança. Além disso, por pensar demais, querer informações demais, eles podem procrastinar. Nesse momento, cai muito bem uma pressão externa, um empurrão para entrarem em ação.

Criativas, imaginativas e dotadas de forte espírito crítico, as pessoas do tipo 6 atingem seus objetivos pela constância, persistência e perseverança, esforçando-se para ter o melhor tipo de vida possível. Ao desenvolverem a fé e a autoconfiança, elas se tornam líderes participativos, que jogam em equipe e desfilam força, presença e genuína autoridade.

Focos de atenção

A atenção do tipo 6 é fortemente voltada para a busca de segurança, assim como para a identificação de perigos e ameaças futuras. Isso se desdobra em inúmeros pensamentos que trazem imagens e falam sobre o que pode acontecer de errado. São várias cenas, sempre tendendo à piores hipóteses. Ao ficar preocupado, o tipo 6 volta sua atenção para o futuro, prendendo-se a esses cenários mentais e distanciando-se do que, de fato, está acontecendo lá fora. A atenção fica retida no medo das consequências, e isso pode fazê-lo procrastinar, paralisar a ação.

Externamente, sua atenção se volta para uma exploração detalhada e acurada do ambiente (olhos que vasculham tudo), que tem como finalidade identificar as ameaças. Há uma busca lá fora por uma confirmação de que os perigos realmente existem e todo um esforço para justificá-los, que é fundamentado no mecanismo de Projeção. Há também um forte foco em perceber intenções ocultas no discurso das pessoas, ler nas entrelinhas, sempre partindo do pressuposto de que essas segundas intenções existem. Suas ações são voltadas para fazer análises, questionar, provar e duvidar.

Outro foco de atenção dos tipos 6 são as causas nobres e rebeldes, a defesa de minorias ameaçadas. Eles apreciam a formação de organizações e partidos de oposição que envolvem a união de pessoas e estruturas na luta contra um oponente, onde possam encontrar dedicação, lealdade e grupos que lhe deem a sensação de proteção. São bastante impactados por figuras de autoridade, levando sua atenção à confrontação e a questionamentos (quando não confiam ou duvidam) ou à obediência (quando se sentem protegidos).

Em um relacionamento a dois, o tipo 6 vai voltar sua atenção para tornar-se impactante, como modo de assegurar sua proteção. Esse impacto pode vir de demonstrações de sua força ou do uso de sua beleza. Já nas relações sociais, sua atenção vai para uma grande responsabilidade no cumprimento dos seus deveres, sendo um soldado obediente como forma de assegurar sua proteção e participação no grupo.

Por fim, no âmbito da preservação física, a atenção do tipo 6 se volta, em especial, para o alcance de elementos materiais que garantem sobrevivência e proteção, como dinheiro, comida e vestuário, entre outros. Além disso, costuma mostrar uma personalidade amigável e gentil, cálida e afetuosa.

Dificuldades que podem causar para os outros

Uma das principais dificuldades que os tipos 6 podem causar para as outras pessoas advém de sua dúvida de que as coisas darão certo. Isso gera uma série de questionamentos e desconfiança em relação às ideias e aos projetos que lhes são mostrados, o que pode desanimar quem os apresenta ou mesmo criar aquela sensação de receber um “balde de água fria” — imagine uma pessoa que, toda vez que você sugerisse algo inovador, com algum elemento desconhecido ou um pouco arriscado, lhe dissesse coisas do tipo: “Mas e se não der certo?”, “E se a gente não tiver dinheiro para pagar?”, “E se as pessoas não gostarem”, “E se a gente não encontrar um lugar para ficar”. Como você se sentiria?

Essa atitude é ainda mais negativamente impactante para os outros quando o tipo 6 é o líder da equipe que aparece com as novas ideias e projetos. Nesse caso, a equipe tende a desmotivar-se, frustrar-se e ter uma percepção de insegurança, e não de atitude, por parte do líder, em função do seu excesso de análise e da sua necessidade de informação, que procrastinam as decisões e as realizações.

O fato de o tipo 6 duvidar de suas capacidades e habilidades, assim como ter dificuldade em confiar em suas resoluções e decisões, também pode gerar impactos negativos nas pessoas. Muitas vezes, isso se projeta para os outros como insegurança, o que pode ser ruim para sua imagem profissional. É como uma propaganda negativa de si mesmo, que minimiza ou desconsidera sua experiência, expertise e autoridade. Casos em que o tipo 6, embora saiba resolver o assunto, hesita e duvida dão aos outros a impressão de que ele não tem competência para tal. Quando ele é líder, seus liderados ficam inseguros. Quando é liderado, pode bombardear seu líder e outras pessoas ao seu redor com perguntas do tipo: “É isso mesmo?”, “Estou indo pelo caminho certo?”, quando o que o líder espera é que ele mesmo tome a decisão. E, na maioria das vezes, ele sabe e tem competência para tomar a melhor decisão, mas, por não confia nisso, parte para inúmeros pedidos de feedback de reafirmação, demandando excessivamente do tempo dos outros.

As dúvidas do tipo 6 se estendem para as outras pessoas, suas intenções e sua competência. Muitas vezes, essas pessoas têm a sensação de que o tipo 6 não confia em seu trabalho, por querer saber exatamente como tudo está funcionando, fazer perguntas em excesso e, até mesmo, fazer acusações, implícitas e explícitas. Uma vez que ele não confia no que o outro está fazendo, quer saber de tudo nos mínimos detalhes. Como gestor, o tipo 6 tende a um excesso de controle e centralização. Ele precisa saber de tudo o que se passa, o que causa sobrecarga para si, além de dependência e não desenvolvimento da equipe.

Quando a insegurança do tipo 6 aumenta, a projeção do seu medo interno e sua necessidade de controle e informação também se intensificam. Ele se torna mais reativo, de radar atento e invasivo, querendo dar palpites em tudo ao redor e garantir que todas as precauções sejam tomadas também pelos outros. Além disso, envolve-se nas situações e exagera nas consequências e em suas reações, fazendo grandes alardes com coisas pequenas, apavorando-se em excesso e de forma rápida.

 

Motivação e valores

Valores são o combustível para realizarmos nossa jornada na vida, são as coisas que acreditamos serem muito importantes para nós. Nós nos motivamos sempre que eles estão presentes conosco. A personalidade do tipo 6 do Eneagrama costuma valorizar fundamentalmente:

  • Segurança, previsibilidade, confiança, lealdade, cautela, cooperação, responsabilidade, respeito, amizade, trabalho em equipe, causas nobres e humanitárias, defesa de minorias oprimidas, criatividade, questionamento de decisões, regras claras, competência, perseverança, intuição.
  • Motiva-se quando se sente parte de um trabalho em prol de alguma causa nobre, de preferência que envolva os direitos das pessoas, a dignidade, a justiça e humanidade. Melhor ainda se puderem fazer parte de uma equipe cooperativa, que se sustenta e se fortalece na união, possui membros leais e confiáveis e mantém amizade e calor humano.
  • Motiva-se pela busca de segurança para si e para os outros, tomando as atitudes que julga necessárias para garanti-la. Gosta de trabalhar onde pode fazer análises de riscos e planejamento, ajudando na procura por segurança. Normas, regras de conduta, papéis claros e bem definidos e valores que sirvam de sustentação para a segurança (de preferência, também claros e bem definidos) também são extremamente importantes para o tipo 6.
  • Motiva-se pela luta contra um oponente. Costuma tornar-se mais forte e decidido quando há alguém para lutar contra, um opressor a ser combatido, crescendo em autoridade e liderança nessas adversidades. Há uma grande vontade de se engajar no “partido da oposição” e fazer a sua parte como revolucionário.
  • Motiva-se a seguir adiante, acreditando em si, quando recebe feedback positivo e é encorajado por pessoas que considera importantes e, de certa forma, autoridades. 

Dádivas

Uma das maiores dádivas dos tipos 6 é sua capacidade de prever armadilhas e problemas que passam despercebidos pelos outros. São os mestres da análise de riscos. Dessa forma, conseguem atuar com antecedência, planejando, criando alternativas e agindo na criação de planos de contingência para a garantia do sucesso de qualquer empreitada. Não há imprevistos que os peguem desprevenidos. Eles se preparam para tudo e, assim, aumentam suas chances de êxito.

Outras de suas dádivas são a responsabilidade e a lealdade com que atuam dentro de uma equipe. Não há dúvidas: ele fará sempre o seu melhor em benefício do time. Além disso, possui sensibilidade e calor humano ao lidar com as pessoas, aumentando o clima de confiança baseado em valores de amizade e companheirismo.

Os tipos 6 representam nossa parte que luta por causas nobres, por uma vida mais digna e por mais igualdade e fraternidade, em defesa dos ameaçados. Representam nossa parte que questiona até que esteja satisfeita com a resposta. É a perseverança por longos invernos até que o ideal seja conquistado. É a mente questionadora, inquisitiva e criativa.

Quando os tipos 6 se permitem afastar as dúvidas e os questionamentos, emerge deles uma grande intuição, sensibilidade e capacidade de observar os detalhes e os cenários, o que pode ser de enorme valia. Quando trilham um caminho de crescimento pessoal, recuperam sua coragem, sua fé e sua forte confiança em si, frutos de sua verdadeira natureza adormecida.