TIPO 2 - O Ajudante

Essência e personalidade

O estado de essência mental do tipo 2, chamado de Liberdade, tem muitas definições. Entre essas definições, está a que diz que esse é um estado de compreensão mental superior que gera doações livres e desinteressadas, sem qualquer necessidade de reconhecimento ou criação de vínculo entre o doador e o recebedor. Contudo, à medida que a personalidade do tipo 2 vai gradualmente se formando, essa ideia vai se perdendo, deixando de ser sua natureza mental mais básica e verdadeira. De fato, quanto mais a personalidade se fixa a partir da infância, mais essa ideia é perdida e, em seu lugar, forma-se um estilo de pensamento mental inferior muito mais limitante chamado de adulação.

A adulação é uma lente muito forte com a qual o tipo 2 interpreta a realidade. Ela funciona como uma crença limitante fundamental, um pensamento repetitivo, uma ideia fixa, e pode ser definida como a utilização contínua de incentivos, encorajamentos e elogios como forma de conquistar e ganhar a atenção das outras pessoas. Ao adular o outro, encorajá-lo, apoiá-lo, elogiá-lo e fazer de tudo por ele, o tipo 2 fica certo de que receberá seu afeto e sua atenção como retribuição. É um pensamento de troca, de escambo, segundo o qual é preciso dar amor para recebê-lo. Esse mecanismo de dar e receber cria amarras, cobranças, dívidas e mágoas muitas vezes escondidas sob a imagem do adulador.

Outro ponto importante: a adulação faz com que o tipo 2 perca a noção superior de que cada pessoa tem a liberdade de decidir sobre suas próprias necessidades e que será, assim, amparada pelo universo. Em determinado momento, o tipo 2 passa a acreditar que ele é quem sabe do que os outros precisam, ele é quem sabe o que é melhor para os outros. Dessa maneira, coloca toda a sua energia para atender às pessoas especiais de sua vida.

Saindo da esfera mental e indo para a esfera emocional, a virtude (emoção de qualidade superior) do tipo 2 é chamada no Eneagrama de Humildade. Nesse caso, Humildade significa reconhecimento dos seus limites físicos, psíquicos e emocionais. Numa escala mais simples, tem a ver com reconhecer as suas necessidades, o seu grande desejo de receber amor e atenção e de ser cuidado pelos outros; tem a ver com colocar-se no seu tamanho, reconhecer o cansaço em só fazer coisas pelos outros 24 horas do dia, pedir ajuda e atenção.

Essas coisas são muito difíceis para o tipo 2. Isso porque, com a formação de sua personalidade, ele se afasta da Humildade e se torna viciado em uma emoção inferior, exagerada e recorrente chamada no Eneagrama de orgulho. O orgulho dá ao tipo 2 a sensação de que ele é maior do que de fato é, de que não se cansa, fazendo com que ele não admita pedir ajuda dos outros, mostrar sua carência. “Eu não preciso da ajuda e da atenção dos outros, mas eles precisam de mim, com certeza. Eu sei do que eles precisam, mesmo que eles ainda não saibam. E eles vão perceber que sou indispensável em sua vida.”  

O mecanismo de defesa chamado repressão atua na personalidade do tipo 2, reprimindo suas vontades e carência. Em verdade, a repressão gera era uma falta de consciência e de atenção do tipo 2 com relação às suas necessidades como forma de ele não enxergar sua vontade de receber cuidados dos outros. Quando o tipo 2 ainda tem pouco autoconhecimento, esse mecanismo permite a ele acreditar realmente que não precisa de nada e que não está sentindo falta de receber atenção dos outros.

Tendências de características da personalidade

Os indivíduos do tipo 2 costumam ter uma imagem muito positiva de si mesmos, vendo-se como pessoas boas, que se sacrificam pelos outros, que agem pelo bem e pela satisfação dos outros. Isso, de fato, faz parte da natureza dessas pessoas, que costumam ter grande sensibilidade emocional e compaixão pelos outros. Por outro lado, isso também passa a ser uma imagem construída, pela qual as pessoas do tipo 2 lutam e querem ser reconhecidas — a imagem do doador e apoiador, do amigo incondicional.

Pode ser um processo doloroso para o tipo 2 perceber, por meio do Eneagrama, que boa parte da sua enorme dedicação e atenção aos outros tem a ver com a manutenção dessa imagem. A adulação como ideia recorrente faz com que ele apoie, encoraje e elogie buscando ser retribuído em igual grau por sua dedicação. Na maioria das vezes, essa necessidade de reconhecimento e retribuição pelos serviços prestados não é comunicada aos outros. Trata-se de uma espera implícita de reconhecimento, baseada na crença de que “é dando que se recebe” ou na de que “se eu fiz por você, eu mereço um retorno”.

O orgulho também impede o tipo 2 de pedir esse retorno e até de admitir para si mesmo que precisa dele. Ao fazer tanto pelos outros, ele se torna muitas vezes indispensável, atrapalhando o desenvolvimento e a independência da outra pessoa, que parte do princípio de que, se sempre tem quem faça por ela, não precisa se desenvolver. De fato, ao tornar-se essa figura indispensável, o tipo 2 acaba criando vínculos de dependência e as outras pessoas acabam sempre precisando dele. Trata-se de uma forma de manter as pessoas sob suas asas, sob sua influência, em uma rede de controle emocional. Seu orgulho aparece também como um “autoengrandecimento”, que se infla em ao ouvir coisas do tipo: “você faz a diferença na minha vida” ou “sem você eu não teria conseguido”. Esse orgulho pode ser visível ou mesmo ficar escondido atrás de uma apresentação humilde.

Seja como for, o fato é que, com o tempo, o tipo 2 passa a estar sempre disponível para ajudar aqueles que considera especiais em sua vida, acabando por eleger, sem perceber, um seleto grupo de pessoas pelas quais faz qualquer coisa. Esse grupo pode contar com o filho, o marido, a esposa, o chefe, aquele amigo ou um pequeno grupo de amigos muito importantes — os eleitos. Essas pessoas podem ligar a qualquer momento para contar seus problemas e até repeti-los muitas vezes: o tipo 2 vai estar sempre disponível na função de conselheiro e apoiador. Ele é capaz de deixar sua vida de lado imediatamente para correr em auxílio de um chamado dessa pessoas especiais. É importante salientar que Somente as pessoas que estão em seu grupo de eleitos recebem esse alto grau de dedicação.

Vale destacar que, embora seja muito preocupado com sua imagem de altruísta e que acabe esperando dos outros alguma retribuição (na maioria das vezes, em forma de atenção emocional e reconhecimento de sua importância na vida deles), o tipo 2 tem uma natureza verdadeiramente amorosa e apoiadora. Ele se sente bem com o sucesso e a felicidade dos outros e torce por isso. Como para todos nós seres humanos, para o tipo 2 também há uma dança entre o altruísmo desinteressado, que não espera retribuições, e a vontade de receber conhecimento. E muitas vezes essas duas coisas aparecem ao mesmo tempo, um pouco de cada.

As pessoas do tipo 2 costumam ser alegres, cheias de energia, expressivas. Costumam também contar com um largo e gostoso sorriso no rosto. Elas se preocupam muito com os relacionamentos pessoais, com o clima no trabalho e têm um radar apurado para perceber quando uma pessoa não está bem — são equipamentos superapurados para perceber quando alguém está precisando de auxílio, mesmo quando isso não é dito, e muito prestativos, ajudando imediatamente. Quando se sentem úteis, as pessoas do tipo 2 costumam gerar entusiasmo e dar aquele “bom-dia” cheio de calor humano. Como líderes, têm faro para enxergar qualidades nos outros e vontade de desenvolvê-las. De fato, possuem uma habilidade natural para o desenvolvimento de pessoas.

Por tudo isso, as pessoas do tipo 2 podem apresentar uma grande dificuldade de impor limites aos outros, de dizer “não” para um pedido de ajuda e de fazer coisas que desagradem  ou vão contra a sua imagem de prestativas e solícitas. Com isso, elas podem criar grandes dificuldades para si, assumindo compromissos e atendendo a pedidos de ajuda (que, muitas vezes, nem são pedidos mesmo, mas sim oferecimentos) que as fazem deixar para traz coisas importantes para si mesmas, necessidades individuais e carências emocionais. De fato, as pessoas do tipo 2 são capazes de passar por cima de seus sentimentos e de suas próprias vontades para não irem contra aquilo que os outros esperam delas.

Outra característica dos tipos 2: eles são sedutores poderosos, independentemente do sexo, e podem ou não ter consciência disso. Seja como for, usam e abusam dessa habilidade para atrair pessoas, para fazer jogos políticos, para influenciar os outros conforme sua vontade e para muitas outras coisas. Evidentemente, isso pode se tornar uma rede de manipulação emocional e perigosos jogos de sedução e poder — sim, muitas vezes é o poder que atua nos bastidores, influenciando o jogo de forma decisiva. A sedução pode ser ligada à feminilidade e masculinidade, mas também pode ser relacionada à amizade incondicional e à infantilidade — sabe aquela criança que pede as coisas de um jeito que é impossível negar?

Voz doce, melodiosa, gingado e flexibilidade. Os indivíduos do tipo 2 sabem exatamente como deixar uma pessoa encantada com suas qualidades de ouvintes atenciosos. Em geral, são leves e curtem as coisas boas da vida, especialmente a companhia dos outros. Da mesma forma, costuma ser muito agradável estar e viver em sua companhia, pois são realmente capazes de iluminar o dia e de levantar o ânimo. Por outro lado, podem (conscientemente ou não) prender as pessoas em sua “rede emocional”, não permitindo que elas se afastem e sejam livres para suas próprias decisões e suas próprias vidas. De fato, o tipo 2 quer estar envolvido em tudo o tempo todo, faz questão de fazer parte da vida do outro — e de uma parte importante. Desse modo, cria-se um jogo de dependência que pode, em uma instância menos saudável, envolver dramas e chantagens emocionais. Perto de um tipo 2 você se sente especial pela atenção e cuidado que recebe, e fica muito difícil abrir mão disso — não é fácil dispensar aquele presente especial, aquela lembrança no seu aniversário ou aquele elogio maravilhoso depois de sua promoção.

Outro ponto importante: os indivíduos do tipo 2 são extremamente proativos quando querem ajudar, oferecendo ou insinuando a sua presença prestativa. As outras pessoas acabam não resistindo e girando em torno deles como os planetas giram ao redor do sol. Se por acaso percebem que uma pessoa está se afastando ou de alguma forma os rejeitando, é comum sua dedicação aumentar ainda mais. Há uma atração por conquistar pessoas especialmente difíceis e trazê-las para sua rede. Podem se tornar invasivos e insistentes. Além disso, algumas vezes, podem explodir em raiva carregada de conteúdo emocional e acusações de falta de reconhecimento.

Quando em um processo de autoconhecimento e crescimento pessoal, os tipos 2 vão, pouco a pouco, se tornando pessoas que dão grande atenção a suas próprias vontades, que lutam por seus sonhos (e não vivem os sonhos dos outros) e que amam a si mesmas, dependendo menos da aprovação dos outros. Eles se tornam mais independentes e permitem aos seus queridos liberdade para se desenvolverem sem amarras, torcendo, sem interferir, para que sejam o melhor que puderem ser. Tornam-se, também, mais humildes e conectados com o fluxo de vontade da vida, sem a necessidade de manipular ou controlar a vida de outras pessoas. Por fim, o amor e a atenção que dispensam a si mesmos, bem como a sua autoestima, desabrocham. Como canta Marisa Monte: “Deixa eu dizer que te amo. Deixa eu gostar de você. Isso me acalma, me acolhe a alma. Isso me ajuda a viver”.

Focos de atenção

O tipo 2 presta muita atenção nas outras pessoas e nas necessidades delas. Ele é capaz de entrar em uma sala e perceber se alguém estiver precisando de água ou de uma cadeira mais confortável. Também é capaz de perceber se alguém não estiver se sentindo bem ou estiver triste, desanimado ou com problemas pessoais.

Outro ponto: o tipo 2 fica atento aos desejos e às reações das outras pessoas, principalmente aos daquelas que ele elegeu para fazer parte do seu grupo de “pessoas mais especiais que as outras”. Ele também fica atento para identificar e praticar ações que agradem aos outros, apreciando a autoestima que surge em função disso, e admite mudar seu comportamento, seus desejos e seu pensamento, adaptando-se de muitas maneiras e tendo muitos “eus” para satisfazer as outras pessoas. Além disso, preocupa-se bastante com o fato de o outro gostar dele e com a possibilidade de poder fazer mal a alguém de quem ele gosta.  

Na verdade, o tipo 2 presta muita atenção se está sendo ou não “aprovado” pelos outros, mantendo o foco em sua imagem de pessoa solícita e prestativa. Ele fica atento para ver se está conseguindo se tornar o centro indispensável na vida do outro, se está alcançando aquela “ligação romântica especial” e se está conseguindo “prender” a outra pessoa.    

As pessoas do tipo 2 também costumam ser emotivas, focando ora nos sentimentos dos outros, ora nos seus próprios sentimentos. Contudo, muitas vezes, sua atenção se desvia de suas necessidades, principalmente das emocionais. Com isso, o tipo 2 acaba reprimindo suas necessidades e, ao tirar o foco de si mesmo e passá-lo para o outro, nem percebendo, conscientemente, a existência delas. Nesses casos, o tipo 2 pode passar a expressá-las de forma indireta, por meio de um comentário, uma reclamação ou uma dor repentina.

Seja como for, o tipo 2 preocupa-se bastante em criar bons sentimentos nas pessoas, em encorajá-las a evoluírem, crescerem e atingirem seus sonhos. E, como já observado, sente-se extremamente feliz com o sucesso das pessoas que lhe são queridas.

Em um relacionamento a dois, o tipo 2 prefere uma grande intimidade emocional e, frequentemente, física. Jogos de conquista amorosa tomam a forma que for mais sedutora para a conquista da pessoa desejada — uma grande arma para tornar-se o centro da vida dessa pessoa.

Nas relações sociais, sua atenção se volta para ser lembrado e querido pelas pessoas do seu círculo. Normalmente, possui uma grande quantidade de amigos, apresenta as pessoas umas às outras com extroversão e tem muitos compromissos sociais agendados. É o amigo de todos. Pode nutrir uma ambição de poder e influência no seu meio social, orbitando próximo ao círculo poderoso e adulando não apenas as pessoas mais influentes hoje, como também aquelas que podem vir a sê-lo.

No que diz respeito a aspectos físicos, a atenção do tipo 2 vai para garantir a satisfação das necessidades dos outros (os eleitos), em especial das necessidades práticas (comida, roupa). Ele pode negligenciar suas necessidades físicas (corpo, saúde, comida) em função do atendimento aos outros e ficar com a sensação de que o seu sacrifício merece uma recompensa e um retorno à altura.

Dificuldades que pode causar para os outros

Na intenção de ajudar os outros a qualquer custo, o tipo 2 pode se tornar bastante invasivo. Muitas vezes, ele acha que sabe do que uma pessoa precisa (na verdade, ele tem certeza) e se dispõe a ajudar, tornando-se insistente e não reconhecendo limites, fazendo com que a outra pessoa se sinta invadida em seu espaço e privacidade, graças, principalmente, a perguntas indiscretas. Sua demanda por uma ligação íntima e emocional pode se tornar excessiva e desgastante para o outro, gerando nele uma sensação de falta de ar.

As pessoas do tipo 2 costumam insistir demais para fazer dar certo os relacionamentos difíceis — que parecem atrai-las —, tornando-se, assim, ainda mais emocionais. Existe aqui uma grande sensação de poder ligada ao fato de ser capaz de fazer qualquer um gostar delas, custe o que custar.  

Os tipos 2 podem se envolver demais nas decisões e nas questões pessoais particulares da vida das outras pessoas e acabar “cobrando” retorno pela atenção e pela ajuda que dá. Essa cobrança pode ser explícita ou implícita e até mesmo inconsciente para ele. É como aquela mãe que faz tudo pelo filho, que dedica sua vida a ele e que fica profundamente magoada e ressentida quando ele não vai almoçar na sua casa no domingo, expressando raiva e acusações diante dessa “rejeição”, sempre com um exagero de sentimentos, um toque de drama e até mesmo histeria em alguns casos mais graves. Trata-se de uma sensibilidade excessiva à perda, e isso acaba levando à manipulação da vida das outras pessoas, a uma chantagem emocional com a qual o tipo 2 acaba conseguindo o que quer — suas reclamações geram culpa nas outras pessoas, que acabam por fazer o seu desejo.  

Por ser tão prestativo, o tipo 2 pode tornar as pessoas dependentes de sua presença — como a secretária que faz absolutamente todas as atividades no trabalho sem abrir mão de nada, para não perder o seu posto de indispensável, e custa muito a ela abrir mão disso e ensinar aos outros o seu papel.

Quando o tipo 2 não está bem, está triste ou cabisbaixo, parece que toda ajuda que os outros dão não surte efeito, o que frustra aqueles que estão tentando apoiá-lo. Em verdade, ele costuma não gostar de depender dos outros e tem dificuldades em receber ajuda.

Por fim, como dão muito mais atenção ao seu grupo de eleitos do que aos outros, as pessoas do tipo 2 podem acabar fazendo com que os não eleitos se sintam rejeitados ou desprezados por elas, bem como frustrados por não conseguirem o mesmo nível de atenção que as outras pessoas recebem.

Motivação e valores

Valores são o combustível para realizarmos nossa jornada na vida, são as coisas que acreditamos serem muito importantes para nós. Nós nos motivamos sempre que eles estão presentes conosco. A personalidade do tipo 2 do Eneagrama costuma valorizar fundamentalmente:

  • Amizade, amor, companheirismo, atenção, bem-estar, alegria, família, amigos, altruísmo, simpatia, clima e positivismo.
  • Gosta de ser apreciado pela ajuda que dá e pela contribuição para o crescimento das pessoas, seja individualmente ou dentro de grupos.
  • Adora receber elogios e ser reconhecido por sua vontade de servir.
  • Gosta de ter influência, de ser visto como importante.
  • Motiva-se e é atraído por pessoas que “precisam de ajuda”, bem como por pessoas influentes, importantes, bonitas ou em destaque.  
  • Gosta muito de encorajar os outros e fazer parte, como peça importante, de seu caminho de sucesso.
  • Quer fazer o bem e atrair coisas positivas para a vida das pessoas que preza.
  • Quer fazer do mundo um lugar em que as pessoas se tratem com muito carinho, emoção e calor humano, em que se ajudem e em que os relacionamentos estejam em lugar de destaque. 

Dádivas       

Prestatividade, atenção com relação aos outros e capacidade de fazer as pessoas se sentirem especiais e importantes. Encorajamento, torcida, entusiasmo, dedicação e amor pelas pessoas. Um sorriso que coloca todos “pra cima”. Um abraço ou um ouvido que faz você se sentir cuidado e querido. Um radar natural para perceber quem precisa de ajuda e quando. Uma enorme proatividade para oferecê-la. Essas características definem as pessoas do tipo 2.

De fato, o tipo 2 preocupa-se com os outros, cuida dos outros, pensa nos outros. Com perspicácia para descobrir os talentos das pessoas — muitas vezes antes delas — e empenho em apoiá-las, o tipo 2 possui uma habilidade natural para o desenvolvimento dos outros. Pode ter uma excelente postura de coach, consultor e conselheiro e se tornar um grande e ambicioso realizador quando percebe o benefício disso para o ser humano.

Charme, beleza e um toque de “realeza” no sangue — o tipo 2 conquista os outros pela sedução, pela atenção, pelo carinho, em um desfile de habilidade emocional, inclusive para a leitura e o entendimento das emoções dos outros. O valor das pessoas vem, realmente, em primeiro lugar em sua vida, representando o cuidado verdadeiro, o amor e a valorização do ser humano.

Quando trilham um caminho de desenvolvimento pessoal, os tipos 2 tornam-se pessoas independentes, que priorizam suas conquistas pessoais ao mesmo tempo em que incentivam e ajudam os outros, sem exigir nada em troca, auxiliando-as a crescerem livres. Seu amor torna-se mais e mais incondicional. São capazes de viver uma vida aliando conquistas a relacionamentos de qualidade, limites a doações, humildade de precisar e pedir a um enorme poder de oferecer ajuda real para aqueles que realmente necessitam.